- Chego à Praça. Procuro com os olhos alguém conhecido. Sento em um banco. Impaciência. Fumo um cigarro. Impaciência. Avisto o Darlei. Conversamos. Sinto algumas pontadas no fígado e/ou estômago. Vejo a Paty chegar. Conversamos. Fumo um cigarro. Deito no banco com fortes dores no fígado e/ou estômago. Preguiça. Vou ao mercado comprar água para ver se melhora a dor. Dores e mau humor. Volto à Praça e me dirijo ao pátio. Deixo minha bolsa no chão. Faço alongamento com preguiça. Vou até o quadrado que existe no espelho da água para experimentar o espaço fisicamente/sonoramente e expandi-lo. Medo. Insegurança. Nojo. Diversão. Saio do quadrado. Vou até um banco com sombra porque o sol forte me irrita. Escrevo algumas impressões no caderno. Fumo um cigarro. Levanto e penso na criação de uma cena. Volto ao espelho da água e, empolgado, experimento a cena que pensei. Vou até o Darlei e me sento ao seu lado em um muro. Assisto a Paty com curiosidade criando a cena dela. Rio de alguns meninos que “atrapalham” o começo da cena da Paty. Assisto a cena. Volto ao espelho da água para realizar a minha cena com certa expectativa. Faço a cena. Satisfeito. Penso em um lugar oposto ao espelho da água. Vou até a areia. Experimento o espaço fisicamente/sonoramente e tento expandi-lo. Desconforto. Sujeira. Pequeno. Quente. Quieto. Vou até o meio-fio do pátio e escrevo algumas impressões no caderno. Tiro a camiseta irritado pelo sol ardido. Repito todas as minhas ações desde que cheguei à Praça. Penso no quê é verdadeiro ou falso. Cansado. Volto até o meio-fio e me sento. Guardo as minhas coisas. Vou embora. Penso desesperadamente em tomar uma cerveja.
Rafael Di Lari
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