terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Companhia no Festival de Curitiba - 2010

PRIMEIRO CRIME

Invasão, infiltração, mapas, ruas, cidade. No principio era o verbo: as pessoas passam, andam em sentido opostos ou não? Enquanto isso... Um crime!? Eu tenho o direito de matar? Assim como Caim matou Abel ou Abel matou a si mesmo. Deus Matou, Deus Mata e isto esta inscrito nas ruas, calçadas, praças, largos e viadutos. Primeiro Crime: convite à cidade, a invasão e infiltração urbana.

Diretor: Darlei Fernandes de Oliveira - Elenco: Rafael Di Lari, Patricia Cipriano, Lígia Maggioni, Juliana Souza, Lucas Buchile e colaboradores.

Datas: 17/03 - 19:00, 22/03 - 19:00, 25/03 - 18:00 - Local: Praça Santos Andrade




Coração Acéfalo/Boca Desgarrada - Coletivo de Pequenos Conteúdos

Amor: verbo conjugável no tempo. Conjugação: junção, ligação. Acefalia: ausência de cabeça. Tudo isso desgarrado. Esquizofrenia sentimental e silêncio. Um homem e uma mulher que são homem e mulher, desgarrados e sem amor. Uma declaração: Jasão não ama Medéia, é apenas febre, uma doença passageira. H1N1. A pergunta: Medéia ama Jasão? H1N1 ? a resposta! Caleidoscópio sentimental, ilusão visual. O amor só existe na literatura e na farsa teatral.


Companhia Subjétil Texto: Criação coletiva Direção: Darlei Fernandes Elenco: Patricia Cipriano, Rafael Di Lari / Iluminação: Ana Paula Frazão / Sonoplastia: Clarissa Oliveira Produtora:Juliana Souza - 40 min


Datas: 18/03 - 17:00, 19/03 - 20:00, 20/03 - 14:00, 21/03 - 23:00, 27/03 - 11:00

Preços: R$ 12,00 e R$ 6,00 - Local: TUC

Retomando as investigações...

Nessas férias pensei muito em nós e no nosso trabalho e pra retomar o andamento das pesquisas deixo algumas anotações que fiz durante esse tempo.
As anotações correspondem ao artigo: Dramaturgia do espaço Urbano e o teatro "de invasão" escrito por André Luiz Antunes Netto Carreira e retiradas do livro "Reflexões sobre a cena", uma organização de artigos cientificos feito por Sheila Diab Maluf e Ricardo Bigi de Aquino.


"O ator está convocado a fazer do seu ato representacional uma experiência de outra ordem que mais se aproxima das dimensões do jogo, no qual co-existem os elementos técnicos da interpretação com uma vivência que dialóga com as incertezas próprias do espaço"


"A cidade invadida não é um cenário.(...) Ela modula a técnica e condiciona a percepção do público, pois a diferença do cenário a silhueta urbana é propriedade do público e porta um plano de significação prévio à intervenção teatral. Este plano será sempre uma força forte que é a que justamente interfere na própria performance do ator."


"...invadir a silhueta da cidade é de fato propor algo que extrapola o ato de 'levar o teatro às ruas', é tomar as ruas como matéria do próprio espetáculo."


"O espaço das ruas é fundamentalmente o espaço da vida cotidiana. Na rua se estabelece uma mescla quase infinita de possibilidades que a modernidade impregnou de significados. Estes estão quase sempre associados à idéia de transformação social. A rua como lugar das lutas políticas e da festa está associada necessariamente ao potencial de renovação, bem como se constitui como espaço de encontro e de conflito. Seria a própria cidade, ou melhor seus espaços públicos, o lugar onde se daria a luta por estabelecer significados de uma teatralidade que extrapola a dimensão da representação, pois supõe o jogo vivencial que se dá como condição básica do uso do espaço cênico "
Sei que já falamos milhares de vezes sobre essas coisas, mas acho importante retomá-las sempre que possível.
Um beijo da Paty em todos.